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Amadeu Baptista
'' Ó minha alma. Os sonhos da vida imortal, mas drena a área do possível.''
PINDARO
da luz dos olhos
O JULGAMENTO DO POBRE
GEOMETRIA Poema de ELIAS FUKIS
GEOMETRIA
Como a vida começa com uma frase
- - caminha sempre em frente…
com a liberdade de sonhar
que nunca nos faltará, encontraremos
sempre um ponto onde traçar uma linha.
A isto confiamos os sonhos
mas eles
dirigidos pelas virtudes da corrida
para serem impetuosos
escapam para longe…
ficando com teimosia no mesmo ponto
sem que lhes possamos tocar…
e assim, os sonhos partem
não os veremos outra vez.
Sendo leves, como somos sem os sonhos
os ventos levam-nos para junto de outros
cuja história é também conduzida
sob os pesadelos horríveis do conceito
da Geometria
e, na iminência de uma catástrofe global
desenhamos um círculo.
Mas só um amigo sabe o porquê de
montanhas inteiras embrulhadas em
eternos gelos, entrarem nesta curva
viva de profundas ravinas
e anfitriões de outros contratempos
e, assim retornamos ao ponto onde
começamos
como podes ver!
falhámos nestas duas formas simples
de vida geométrica…
pensa agora, na nossa futura existência
sob o domínio, digamos, do Cubo!
Quem irá isolar este céu sem limites
para que possamos, de uma vez por
todas, destronar o paraíso?
Mas quem, sem rumo, carregará
o Inferno às costas
para o colocar no topo como tampa
com a intenção de castigar e acabar
com esta eterna e confusa farsa.
A nossa vida passa sem que aprendamos
como nos adaptar a esta Geometria letal
como se a noite tivesse invadido os nossos
sonhos
confirmamos que esta é a mais correcta
explicação para o fatalismo dos seres
humanos na Terra, que revolve dentro
destas estreitas dimensões planetárias.
E agora, com um estranho constrangimento
espalhámos sobre um campo aberto
as paixões, as visões…
e tudo o que nos agita a alma
esperando de nenhuma e de todas as
direcções os escritores que comporão
biografias para nós
que como génios conhecedores
castigarão tudo…
e, como esperado seremos fechados num
quadrado
para manter a História sob um controlo
rigoroso.
Tradução livre por Maria Jovita Caires
BELEZA
No momento em que Afrodite
também conquistou o Quarto Céu
os círculos mais altos da sociedade
decidiram que ela agora podia ser
proclamada uma Mulher Ilustre.
Pois havia chegado
o Grande momento para a publicidade
colocar o seu corpo na ribalta da
omnipotência ou para as paixões da
natureza violentamente reprimir
se ela ousasse, também, conquistar
o Nono Paraíso.
Ou, simplesmente como acompanhante
para que o sol não fizesse só, a sua
viagem desde o Levante até ao Poente
sem nenhuma intervenção da noite
e até mesmo, no intervalo que os
Gigantes do dinheiro adoram.
Sem ainda ter voltado para o seu
homem, Afrodite observou que os
mares começaram a enterrar o azul
na terra e que o primeiro pó começou
a cair sobre a coroa de louros da vitória
enquanto, a ilha do Chipre estava
repleta de mensageiros e governantes
e também vilões de todo o mundo.
No momento em que Hefesto soube
de tudo isto, fechou-se em casa
porque ele também iria perder a sua
bela mulher, agora que ela se tinha
revelado aos olhos do mundo.
Tradução Livre de: Maria Jovita Caires
TRADUTORA
Maria Jovita Caires
TRADUTOR
Amadeu Baptista
PINDARO
IMORTALIDADE Poem in portugal by ELIAS FUKIS
IMORTALIDADE
Se nós os dois
nos amássemos durante um dia
na manhã seguinte
acordaríamos a pensar
que com a mesma energia
poderíamos amar-nos durante um ano.
E amando-nos nós
durante um ano
como um nítido horizonte flutuaria
perante nós a ideia
de que contrariamente ao desvanecimento
nos amaríamos cada vez com mais fulgor
durante um século.
E se nós os dois
conseguíssemos tal milagre
ligeiros e despreocupados como todas as jornadas
apressar-nos-íamos a pensar
que poderíamos amar-nos
por todos os séculos.
Mas esta última ideia
seria já gravosa…
Gravidade omnipotente
que ao fazer-nos levantar
nos mataria.
Tradução de
AMADEU BAPTISTA
AMADEU BAPTISTA
O JULGAMENTO DO POBRE Poema de ELIAS FOUKIS
O JULGAMENTO DO POBRE
Os observadores prevêem que
ao menos uma vez na vida
me há-de ser feita Justiça.
Que rosto terá a minha Equidade?
Quantos anos terá?
O seu mealheiro, estará cheio ou vazio?
Estou certo
de que as palavras para a minha defesa
serão pronunciadas em línguas desaparecidas
porque, por agora,
não há vocabulário inteligível
que possa proteger-me.
Tal e qual a vêem
a minha justiça será muito antiga.
Os profissionais que a encontrem como um cadáver
no caminho da sua progressão profissional
assustar-se-ão ao vê-la.
Podem ver não mais que o crânio
cheio das inscrições da perdida vida
onde sem engano e abertamente se explica
que perante os homens fracassou o Sol
de brilhar com aquela luz
que aos mortais não logrou ser outorgada…
aquele Peregrino Caos peregrino de grande cenas
que quem sabe que sabedoria de tangíveis Deuses
dariam forma ao Mundo.
Mas o demais
o tórax… a articulação… as vértebras
desde que souberam a obscura notícia
dos Deuses da Justiça nunca terem sido tangíveis
desesperando da vanidade do Mundo
mantinham em funcionamento
o corpo dos Infernos… nos precipícios.
Quanto às esperanças…
os sonhos…
as sensibilidades…
as demais virtudes gregas
provavelmente
com um desesperado vagar solitário
estão todas entre nós.
Mas os advogados não se ocupam demasiado
com as Virtudes gregas
e as Verdades da Alma…
Eles querem testemunhos materiais…
concretos…
tangíveis…
enquanto eu desta vez
pareça muito pobre
ainda que a minha Justiça seja
como lhe chamará a minha defesa…
… Eterna.
tradução de AMADEU BAPTISTA
ao menos uma vez na vida
me há-de ser feita Justiça.
Que rosto terá a minha Equidade?
Quantos anos terá?
O seu mealheiro, estará cheio ou vazio?
Estou certo
de que as palavras para a minha defesa
serão pronunciadas em línguas desaparecidas
porque, por agora,
não há vocabulário inteligível
que possa proteger-me.
Tal e qual a vêem
a minha justiça será muito antiga.
Os profissionais que a encontrem como um cadáver
no caminho da sua progressão profissional
assustar-se-ão ao vê-la.
Podem ver não mais que o crânio
cheio das inscrições da perdida vida
onde sem engano e abertamente se explica
que perante os homens fracassou o Sol
de brilhar com aquela luz
que aos mortais não logrou ser outorgada…
aquele Peregrino Caos peregrino de grande cenas
que quem sabe que sabedoria de tangíveis Deuses
dariam forma ao Mundo.
Mas o demais
o tórax… a articulação… as vértebras
desde que souberam a obscura notícia
dos Deuses da Justiça nunca terem sido tangíveis
desesperando da vanidade do Mundo
mantinham em funcionamento
o corpo dos Infernos… nos precipícios.
Quanto às esperanças…
os sonhos…
as sensibilidades…
as demais virtudes gregas
provavelmente
com um desesperado vagar solitário
estão todas entre nós.
Mas os advogados não se ocupam demasiado
com as Virtudes gregas
e as Verdades da Alma…
Eles querem testemunhos materiais…
concretos…
tangíveis…
enquanto eu desta vez
pareça muito pobre
ainda que a minha Justiça seja
como lhe chamará a minha defesa…
… Eterna.
tradução de AMADEU BAPTISTA
Ο TOPO Poema de ELIAS FUKIS
GEOMETRIA
Como a vida começa com uma frase
- - caminha sempre em frente…
com a liberdade de sonhar
que nunca nos faltará, encontraremos
sempre um ponto onde traçar uma linha.
A isto confiamos os sonhos
mas eles
dirigidos pelas virtudes da corrida
para serem impetuosos
escapam para longe…
ficando com teimosia no mesmo ponto
sem que lhes possamos tocar…
e assim, os sonhos partem
não os veremos outra vez.
Sendo leves, como somos sem os sonhos
os ventos levam-nos para junto de outros
cuja história é também conduzida
sob os pesadelos horríveis do conceito
da Geometria
e, na iminência de uma catástrofe global
desenhamos um círculo.
Mas só um amigo sabe o porquê de
montanhas inteiras embrulhadas em
eternos gelos, entrarem nesta curva
viva de profundas ravinas
e anfitriões de outros contratempos
e, assim retornamos ao ponto onde
começamos
como podes ver!
falhámos nestas duas formas simples
de vida geométrica…
pensa agora, na nossa futura existência
sob o domínio, digamos, do Cubo!
Quem irá isolar este céu sem limites
para que possamos, de uma vez por
todas, destronar o paraíso?
Mas quem, sem rumo, carregará
o Inferno às costas
para o colocar no topo como tampa
com a intenção de castigar e acabar
com esta eterna e confusa farsa.
A nossa vida passa sem que aprendamos
como nos adaptar a esta Geometria letal
como se a noite tivesse invadido os nossos
sonhos
confirmamos que esta é a mais correcta
explicação para o fatalismo dos seres
humanos na Terra, que revolve dentro
destas estreitas dimensões planetárias.
E agora, com um estranho constrangimento
espalhámos sobre um campo aberto
as paixões, as visões…
e tudo o que nos agita a alma
esperando de nenhuma e de todas as
direcções os escritores que comporão
biografias para nós
que como génios conhecedores
castigarão tudo…
e, como esperado seremos fechados num
quadrado
para manter a História sob um controlo
rigoroso.
Tradução livre por Maria Jovita Caires
BELEZA Poema de ELIAS FUKIS
BELEZA
No momento em que Afrodite
também conquistou o Quarto Céu
os círculos mais altos da sociedade
decidiram que ela agora podia ser
proclamada uma Mulher Ilustre.
Pois havia chegado
o Grande momento para a publicidade
colocar o seu corpo na ribalta da
omnipotência ou para as paixões da
natureza violentamente reprimir
se ela ousasse, também, conquistar
o Nono Paraíso.
Ou, simplesmente como acompanhante
para que o sol não fizesse só, a sua
viagem desde o Levante até ao Poente
sem nenhuma intervenção da noite
e até mesmo, no intervalo que os
Gigantes do dinheiro adoram.
Sem ainda ter voltado para o seu
homem, Afrodite observou que os
mares começaram a enterrar o azul
na terra e que o primeiro pó começou
a cair sobre a coroa de louros da vitória
enquanto, a ilha do Chipre estava
repleta de mensageiros e governantes
e também vilões de todo o mundo.
No momento em que Hefesto soube
de tudo isto, fechou-se em casa
porque ele também iria perder a sua
bela mulher, agora que ela se tinha
revelado aos olhos do mundo.
EM TEMPOS DE PAZ Poema de ELIAS FUKIS
PENELOPE
Todos aqueles que ambicionam
ser amantes estão em Ática!
Os amantes verdadeiros, não sei
onde se encontram…
Para trepar uma oliveira, talvez,
para algures, vislumbrar a coroa
verdadeira.
Em Ática,
as oliveiras são intemporais e como
glória da ilha, não sonham com
as alturas nem receiam a morte.
Sendo breve,
perante a imortalidade são serenas,
bastando-lhes o prazer que os seus
gigantescos troncos sentirão quando
cercados pelo desejo de serem tálamos.
Para escalar as ondas do mar, quem
sabe, para me levarem a essa glória
última…
Eu temo o baixo intelecto dos mares
do mundo que me arrastarão para
a pequena Ática através da terra…
Que, nunca aceitará tornar-se mar
aflorando a inveja como um mastro
ameaçador, abençoado por Neptuno
que traz prosperidade e bons ventos
a Ática, tornando-os na suposta coroa.
Para desviar a minha cara dos céus
e rezar por o amante verdadeiro.
O céu nasceu em Ática!
E, no momento em que se expandiu
foi cruelmente humilhado, enraivecido
pela devoção, foi espectáculo para
Neptuno… que assistia numa jangada
cheia de cínicos e almas mesquinhas
que dominam os céus com uma virtude
brilhante para os mortais comuns que,
cegarão com o ódio dos nevoeiros
que também sonham ser leito.
Para abraçar o horizonte, e talvez,
por um momento só, que seja,
roçar na coroa verdadeira.
Os acompanhantes adormecidos
indiferentes às negras profecias
de Tróia, despertarão das mãos
delicadas de mulheres bonitas,
amaldiçoando o sono e os sonhos
que quase os impediu de serem…
Que mais?... feios velhos,
ansiando por uma orgia.
Ficando assim, à espera de um
vento morno do Mediterrâneo
que talvez me mostre, o rumo
que tomou o navio de Neptuno.
Desesperando Penélope…
- Não façam tamanhos erros!
Todos os ventos são frios
E, só se dirigem para Tróia.
E lá,
fortes rodopiarão, aprisionando-vos
se ficarem na companhia de belezas infiéis
e coroarão o sobrolho do mundo
como uma insígnia demoníaca e calamitosa
e o mundo sofrerá outra vez por causa de Tróia!
Respirará as cinzas da destruição…
Agirá ferozmente…
E tomará as virgens…
Julgo-os, muito a sério, acompanhantes
perigosos que continuarão a reclamar-me
como aos homens impuros que viraram costas
a Tróia em chamas, por estarem mais
enfeitiçados pelos ventos da solidão de uma
mulher só, e, dispersos por um horizonte
inconsequente que absorveu as consciências
do mundo para culminar nestas desgraças
perfeitas.
A bem dizer,
e também para envolver-me neste escândalo,
para que de mim não pensem o pior, gostaria
de dizer-lhes francamente, que estes pretensos
amantes que colonizaram Ática, como os mares
fizeram com a alma de Neptuno, têm caras
tão pouco masculinas, como se tivessem sido
lavadas de toda a sua expressividade, ficando
tão pálidas como o pó…
Eles não podem enfrentar
a feminilidade de Penélope.
Tradução livre por Maria Jovita Caires
De todos os sonhos em cujo fundo
De modo inteiramente natural
Mas parece-me que Moisés
As janelas de Jerusalém
Eles não constituíam perigo algum para a Cidade
E tão grande era a confusão
Tanta desolação deixada para trás bastava
Tão-somente redimidos da embriaguez
À sua volta havia apenas Mundo
Em outro mundo já não
Por isso não há nenhuma esperança
As Santas Escrituras começaram a caminhar pela Terra
O seu curso não pode conter
A morte tem frios objectivos
Trad. de Amadeu Baptista
-
EM TEMPOS DE PAZ
O bem rogou à tempestividade de Zeus
que, declarasse guerra ao mal.
Que logo, se levantou como uma besta
selvagem para aniquilar o mal e desses
céus imensos:
exterminá-lo…
arrasá-lo…
com a força dos raios e coriscos.
O mal morreu… e afundou-se nas
nas entranhas da terra, nos pecados
dos homens que lhe deram alma.
Ergueu a cabeça… pôs-se de pé
e, reentrou no mundo através de
um ciclone.
Vês? Esses eram tempos de paz…
O bem viveu intoxicado,
vestindo os louros do triunfo
e a toga da justiça,
sobranceiro perdoou o mal
em nome do entendimento entre as
nações e as ideias.
Guerras e agitações foram olvidadas
e raios e relâmpagos
e, como no princípio, uniram-se
em nome da paz, para de novo,
os conflitos começarem por todo
o lado como no princípio.
Tradução livre por Maria Jovita Caires
O HOMEM POBRE Poema de ELIAS FUKIS
O HOMEM POBRE
Ultimamente
tenho posto a gravura de um Santo
sobre a minha almofada.
O Santo, imobilizado no seu eterno
dilema, se deverá ou não existir
neste mundo
é gelado lá…
muito gelado…
até que sou obrigado a acender-lhe
uma vela
talvez derreterá e deslizará de lá.
Eu acreditei sempre que, quando
partisse ficaria comigo o inevitável
Servente Divino
pegaria na minha mão, para persuadir
os Principais Mercados do mundo
que o seguinte erro aconteceu por
acidente:
O Abismo adoptou as mais preciosas
paixões do Paraíso e, como resultado
desse Excelso Tratado eu acabei falido.
Os Príncipes Negociantes poderiam
por momentos, aceitar a explicação
Bíblica do Santo
mas a seguir tentariam com alguns
estratagemas que voltasse para a
gravura
como uma Infalível Presença…
porque o espaço vazio poderia ser
ocupado por Demónios
que ultimamente têm ameaçado
seriamente o Mercado Global.
O Santo que numa última análise
é filho da malévola Jerusalém
que domina na perfeição a arte
de neutralizar o Paraíso
em momentos, particularmente mágicos
como aqueles em que os pagamentos
são feitos no vil metal
quando a alma dos homens parece ser
como veludo do mais delicado
que logo de seguida…
através de uma maravilhosa mágica
biológica é transformada num ser
humano.
Num daqueles seres estranhamente
inacessíveis que se unem aos apelos
do submundo
“…o dinheiro é tudo…
é, o que governa o mundo…”
que depois do colapso do Idealismo
em Jerusalém, correram como as
expectativas de Pôncio Pilatos, para
abrir um mercado de escravos em Roma.
Ele poderá aceitar o dinheiro
pactuando com os Princípios Judaicos
do Lucro
cedendo à ganância do mundo inteiro
e, com isso, os restantes Santos
poderiam ser comprados, o que faria
de mim um HOMEM POBRE
o que aumentaria o número de pobres.
Traduçao livre de MARIA JOVITA CAIRES
O REI SALOMAO Poema de ELIAS FUKIS
-
O REI SALOMAO
As mulheres que mais amou
o Rei Salomão
foram aquelas mulheres,
cujas almas ele imaginou
serem como a corrente de um rio.
Mas, logo após
o ardente desejo,
o velho Salomão friamente concluiu
que, as correntes levam os rios para
o mar e para o azul imenso dos oceanos,
onde todos os Templos e Pecados da terra
sucumbem…e, assim perder o controlo
que, tinha sobre as mulheres.
O Rei Salomão,
num momento de raiva lembrou-se:
Que, era ele quem detinha o poder
e, em caso de perigo, deveria saber
como impedir esses rios impetuosos.
Desassossego,
este não era o único perigo…
para além dos mares e dos rios,
também, os céus seduziam-nas…
E assim, pouco depois, os seus espiões
sussurraram-lhe que, as suas mulheres,
trocavam olhares com as estrelas.
E, por isso…
os seus corações (que assumiu a seu lado,
sob o seu domínio como os muros dos
palácios) ardiam em sintonia com aquelas
estrelas distantes.
Vai daí,
o Rei Salomão começou a arrepender-se,
de antes de ter criado o seu Reino
não ter incorporado todas as estrelas
nas terras celestes da sua Monarquia,
o que o obrigava agora, vetusto,
a um estudo minucioso da Astrologia.
Mas o velho Salomão
já sabia há muito tempo
que, o Céu e os Mistérios do Céu,
eram como as mulheres que ele
nunca amou…
Uma vez que os Astrólogos do futuro,
aproveitando-se das veleidades dos
mortais, negociavam com o Céu,
de imediato, acusou-os de enormes
falhas espirituais e de estúpidas
superstições que impeliram as mulheres
para esse Amor que derrubou barreiras
com a força dos desejos, alcançando
a Terra Prometida , como um oráculo
divino que se precipita com o ímpeto
dos rios.
Tradução livre por Maria Jovita Caires
PENELOPE
Todos aqueles que ambicionam
ser amantes estão em Ática!
Os amantes verdadeiros, não sei
onde se encontram…
Para trepar uma oliveira, talvez,
para algures, vislumbrar a coroa
verdadeira.
Em Ática,
as oliveiras são intemporais e como
glória da ilha, não sonham com
as alturas nem receiam a morte.
Sendo breve,
perante a imortalidade são serenas,
bastando-lhes o prazer que os seus
gigantescos troncos sentirão quando
cercados pelo desejo de serem tálamos.
Para escalar as ondas do mar, quem
sabe, para me levarem a essa glória
última…
Eu temo o baixo intelecto dos mares
do mundo que me arrastarão para
a pequena Ática através da terra…
Que, nunca aceitará tornar-se mar
aflorando a inveja como um mastro
ameaçador, abençoado por Neptuno
que traz prosperidade e bons ventos
a Ática, tornando-os na suposta coroa.
Para desviar a minha cara dos céus
e rezar por o amante verdadeiro.
O céu nasceu em Ática!
E, no momento em que se expandiu
foi cruelmente humilhado, enraivecido
pela devoção, foi espectáculo para
Neptuno… que assistia numa jangada
cheia de cínicos e almas mesquinhas
que dominam os céus com uma virtude
brilhante para os mortais comuns que,
cegarão com o ódio dos nevoeiros
que também sonham ser leito.
Para abraçar o horizonte, e talvez,
por um momento só, que seja,
roçar na coroa verdadeira.
Os acompanhantes adormecidos
indiferentes às negras profecias
de Tróia, despertarão das mãos
delicadas de mulheres bonitas,
amaldiçoando o sono e os sonhos
que quase os impediu de serem…
Que mais?... feios velhos,
ansiando por uma orgia.
Ficando assim, à espera de um
vento morno do Mediterrâneo
que talvez me mostre, o rumo
que tomou o navio de Neptuno.
Desesperando Penélope…
- Não façam tamanhos erros!
Todos os ventos são frios
E, só se dirigem para Tróia.
E lá,
fortes rodopiarão, aprisionando-vos
se ficarem na companhia de belezas infiéis
e coroarão o sobrolho do mundo
como uma insígnia demoníaca e calamitosa
e o mundo sofrerá outra vez por causa de Tróia!
Respirará as cinzas da destruição…
Agirá ferozmente…
E tomará as virgens…
Julgo-os, muito a sério, acompanhantes
perigosos que continuarão a reclamar-me
como aos homens impuros que viraram costas
a Tróia em chamas, por estarem mais
enfeitiçados pelos ventos da solidão de uma
mulher só, e, dispersos por um horizonte
inconsequente que absorveu as consciências
do mundo para culminar nestas desgraças
perfeitas.
A bem dizer,
e também para envolver-me neste escândalo,
para que de mim não pensem o pior, gostaria
de dizer-lhes francamente, que estes pretensos
amantes que colonizaram Ática, como os mares
fizeram com a alma de Neptuno, têm caras
tão pouco masculinas, como se tivessem sido
lavadas de toda a sua expressividade, ficando
tão pálidas como o pó…
Eles não podem enfrentar
a feminilidade de Penélope.
VIAGEM DE JESUS CRISTO
De todos os sonhos em cujo fundo
reinava o fatalismo e a desgraça
não posso no entanto esquecer um
que começava com a Volta ao Mundo
no ponto geográfico onde nasceu o Amor
e acabava no instante em que homens se odiavam
entre si.
De modo inteiramente natural
dei começo à caça ao Ódio
mas em pouco tempo esse refrigério
transformou-se em incomodidade
uma vez que acabava de ler
a «Dialéctica de Moisés»
e tinha que tranquilizar os meus próprios
fantasmas
a propósito da angústia que sentia Moisés
por a essência da História
que julgada pelo modo como os ventos
tocam as janelas de Jerusalém
não parece nada trágica.
Mas parece-me que Moisés
cujos pensamentos o ar propagava pelo deserto
se apressou um pouco.
As janelas de Jerusalém
só viram apenas ídolos.
Eles não constituíam perigo algum para a Cidade
mas ao não serem perigosos
eram incorrigíveis
e assim podiam agitar as consciências dos
cidadãos
sobre a ética dos Heróis
onde após a escravidão das almas dos homens
começou a alongar-se a nuvem da suspeita
de que afinal não tinham libertado ninguém.
E tão grande era a confusão
da Gente que se tinha posto quase íntima de
Deus
que a outonal nudez do Monte Sinai
se vestiu com o ímpeto de todo o Povo
que marchava para o castigo transmudando em pó
a Sorte que o Destino lhe tinha prometido.
Tanta desolação deixada para trás bastava
para deixar claro o que alguma vez
fora um fantasma…
Tão-somente redimidos da embriaguez
do carácter Divino
os visionários da Dialéctica
baptizada pelo vento cálido e pela Alma
viram que o Céu não estava presente em nenhum
lugar.
À sua volta havia apenas Mundo
para não dizer Roma…
poder…
fria lógica…
Isso bastava portanto para afastar-nos
de vós e da terra.
Em outro mundo já não
tinha como controlar
se Jerusalém se mudava para o Inferno
ou para o Paraíso
pois Jerusalém já não poderia saber
que com o ódio perante mim
o meu Olhar que se arrasta pelos Céus
tal como segue o meu corpo pela Terra
continuará a conceber sonhos
para trazer perante os olhos vazios do Mundo
o infeliz passado do Idealismo Branco.
Por isso não há nenhuma esperança
porque tudo é muito nebuloso
e de tudo será o mais terrível.
As Santas Escrituras começaram a caminhar pela Terra
negando-se a caminhar a pé com o mundo
desde que os Passos do Mundo
se tornaram imperiais
e a noite que está a ponto de cair sobre o
Mundo
todos esses jogos nada sérios
de suspeitas e elucubrações
passará por Lendas Negras
nas margens do rio Jordão.
Portanto
só uma coisa será certa
no Sonho que tive.
O seu curso não pode conter
em ondas sem mistério
sinais e sombras da vida após a morte.
A morte tem frios objectivos
de modo que o que se poderá ver unicamente no
mundo
será o Povo Castigado
que como quis dizer-vos mais acima
atravessará a História
tendo diante de si o Deserto
no seu eterno lugar
buscando explicações do retorno do Idealismo
do rio Jordão…
e se não me engano muito
nem mesmo esse terá direito a regressar
exactamente tal como acontece com os outros
seres
que não pertencem a nenhum Deus.
Trad. de Amadeu Baptista
Táňa Rezková --- Wonderful as always-bravo Ilias Foukis!!!!
ReplyDeleteTeresita Saporittis --- Estos poemas, en portugués, al leerlos, parecen distintos....increible esa melodia que dá el idioma ....diferente a otras traducciones.Me agradaría, Ilias, leer el último en castellano. (Itaca/Penélope)
ReplyDeleteΑυτά τα ποιήματα, στα πορτογαλικά, ανάγνωση, φαίνεται να είναι διαφορετικά.... απίστευτο αυτό μελωδία που δίνει η γλώσσα... .diferente σε άλλες μεταφράσεις.Χαιρετίζω, Ηλίας, την ανάγνωση του πιο πρόσφατου στα Καστιλιανά. (Itaca / Πηνελόπη)
Anna Marroquim --- Ilias Foukis, La tua poesia è troppo bella .. Sono affascinato con le parole tante belle. Complimenti amico, sei spettacolare!
ReplyDeleteAnna Marroquim --- Paulo Caldas, olha só a linda poesia dio nosso amigo Ilias Foukis
ReplyDeleteVirgínia Santana --- Ilias Foukis, adorei os poemas maravilhosos que me proporcionou ler. Gosto muito de poesia e lamento que tão raramente a possa ler neste espaço. Obrigada .
ReplyDeleteObrigada, Illias!
ReplyDeleteeli
Yara Becke --- Fantastic!
ReplyDeleteTeresita Saporittis ---- "En el momento en que Afrodita conquistó el cuarto cielo..." EXCELENTES TUS POEMAS ILIAS!
ReplyDeleteTáňa Rezková --- Elias Foukis-Good morning!!!!I love poetry, you're a great artist-thank you!!!♥
ReplyDeleteGraziella Ardia
ReplyDeleteUna parte di COSMOPOEMAS di Elias Foukis - Una grande Opera Poetica. Noi amiano molto il portoghse però Elias ci hapromesso anche qualche parte in italiano. Grazie per la bellezza.
Alicia Cassia --- tus escritos son increibles ,mi lgracias por compartirlo nuevamente en este grupo
ReplyDeleteAnna Marroquim --- Ciao Elias Foukis, espetacular.
ReplyDeleteΕίναι μεταφρασμένα από τα Ελληνικά όπως πρέπει; Δεν νομίζω, διότι ο Amadeu Baptista δεν ξέρει Ελληνικά...Είναι καλός πορτογαλικός ποιητής όμως...
ReplyDeleteMaria Gualter Teixeira --- Tenho muito orgulho em si !!!! parabens grande mestre e que deus ilumine sempre os deus passos. um beijinho a grande e bela grecia.
ReplyDeleteVirgínia Santana --- Elias Foukis, é um grande poeta. Tenho estado a ler os seus poemas no blog que são maravilhosos, magistralmente construidos. Poemas que nos alimentam a mente e o coração e que nos fazem pensar...
ReplyDeleteAnna Marroquim --- BRASIL --- Ilias Foukis, Olá meu querido amigo, poeta! Você está mais inspirado. Eu tenho que aprender muito com você de novo, meus poemas são muito pequenos diante de suas palavras de poesia tão gigantesco! Parabéns!
ReplyDeleteQue maravilha! Estou encantado com tantas poesias lindas, uma delícia....
ReplyDeleteQue maravilha! Estou encantado com tantas poesias lindas, uma delícia....
ReplyDeleteQue maravilha! Estou encantado com tantas poesias lindas, uma delícia....
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