Greek Poet ILIAS FOUKIS

Greek Poet      ILIAS   FOUKIS
Poetry is the voice of the Gods

Friday, February 17, 2012

O PEDINTE Poema de ELIAS FOUKIS



O PEDINTE


Ontem, um pintor aproximou-se de mim
e, pediu-me que ficasse com os braços
estendidos, como se estivesse a pedir
por um tempo indefinido.


Diz-se que através desta conhecida
posição a humanidade fica mais
próxima
numa posição maravilhosa e serena
e que, aqueles que passam
entram em contacto com os meus
braços esticados, motivo sério para
a agitação das pessoas
que assim, depois de morrerem
sugerirão aos outros mortos que
mendiguem ferozmente, por uma
moeda que tenha o valor da
ressurreição do paraíso…
porque os corpos que não provocam
nenhuma emoção, mudaram-se para
o mundo dos vivos.


Este desafio irá provocar a irritação
dos governantes do inferno.


Mas logo as Belas Artes intervirão
com os seus quadros românticos de
Inolvidáveis Pores-do-Sol
onde o ardor da alma se une ao fogo
do sol e quem sabe, quantas mais
idiotices, brotarão das visões
prazenteiras dos Românticos.


Isto chega para amaciar a tensão
nervosa do Inferno e do Paraíso
aqueles amargos e desligados rivais
psicológicos e filosóficos inimigos
que agora, apreciarão dar e receber
entre eles.


Senão vejamos, alguém das irreversíveis
profundezas, vergado sob o peso dos
seus pecados
irá denunciar o Paraíso ao Mundo.
Porque desde que aceitou para seu
cenário estes desgastantes aspectos
cometeu ele próprio pecados
mas que apesar disso não aceitará
a mais pequena ameaça de destronação…


E, pior ainda, a única voz dissonante
da Verdade e da Justiça
será abolida do Paraíso
que deslizará sobre a maciez da seda
do Dinheiro…
de Mulheres Belas…
e de Virtuosos Cidadãos.


Sim, sim, tamanha sordidez ocorrerá
onde divertindo-se, todos os deuses do
do mundo, firmarem um acordo
para que as velhas animosidades um dia
cheguem ao fim


Depois de muita reflexão,
qualquer que seja o caminho
que as coisas seguirem
viverão.


Só eu…
inexistente aos olhos do Mundo
nunca sonharei com os céus
ascenderei, só, até onde as montanhas
forem visíveis.


E nesses pesadelos…
e implacáveis montanhas
o interesse global está agora focado
para explicar a poesia
da quezília do Sol com a Matéria Sólida
tendo em conta a ambição dos fantasmas
que querem a Pose Clássica das Montanhas.


Mas…se isso for possível
Eu direi então que sou o fantasma mais alto
que será capaz de obter, sem ganhar uma
batalha e sem argumentos cosmogónicos
o lugar eterno dessas montanhas.


No entanto, sem a mais pequena
hipótese de gozar o prazer das alegrias
e tormentos da imortalidade
porque perante mim desfilará outra vez
o iníquo velho mundo que se manterá como
antes indiferente como estou agora
apesar de o esforço ser inútil
vivo.


Na verdade, depois da minha presença
ter sido transformada em ar eterno
que o próprio mundo deverá respirar
sem um merecido Templo
onde confessar os seus pecados
e ainda mais – o Mundo, talvez estará
indiferente a si mesmo.







Traduçao livre de  MARIA  JOVITA  CAIRES